quinta-feira, 19 de abril de 2012

OS GIGANTES SE MOVEM

Com uma jogada de mestre a Presidente Dilma será reconhecida pela história do Brasil como a pessoa que reduziu os Juros como num passe de mágica, mas com estratégia, coragem, determinação e mais importante, espírito público e vontade política.
Escrevi há alguns anos atrás, um artigo intitulado “A Ditadura Dos Bancos” relatando como os bancos sufocavam a população com seus juros escorchantes e suas taxas absurdas. Isso sem falar no controle que exerciam e exercem nos órgãos que deveriam fiscalizá-los com o Banco Central do Brasil.
Muitos Presidentes e Vice-Presidentes tentaram – veja a história dramática de José Alencar que defendia diuturnamente a queda dos juros – mas nunca conseguiram.
A Presidente Dilma, com uma tacada só, matou vários coelhos e demonstra que o Brasil segue firme na sua trilha de um desenvolvimento sustentável e perene.
Ao “pedir” para os bancos oficiais reduzirem sua taxa de juros, forçou a concorrência a seguir o caminho, para não perder mercado nem clientes.
O Banco do Brasil, primeiro do ranking nacional com ativos de R$935 bilhões e a Caixa, na quinta posição com R$511 bilhões, reduziram drasticamente as taxas de juros cobradas nas diversas mobilidades de empréstimos, forçando gigantes como Itaú (2º. do ranking com R$815 bilhões em ativos) e Bradesco (3º. Do ranking com R$606 bilhões em ativos) a fazerem o mesmo.
Que idéia fantástica, que lembra o “Ovo de Colombo”, uma famosa metáfora proverbial do folclore italiano contada em toda a Espanha para referir-se a soluções muito difíceis de chegar, mas que quando reveladas mostram-se, paradoxalmente, óbvias e simples. Conta-se que Cristóvão Colombo, em um banquete comemorativo pela descoberta da América organizado pelo Cardeal Mendoza, foi perguntado se acreditava que outra pessoa seria capaz de fazer o mesmo, se ele não tivesse feito. Para explicar, Colombo desafiou os presentes a colocar um ovo de galinha fresco de pé sobre uma das suas extremidades. Quase todos que estavam presentes aceitaram o desafio, mas como ninguém conseguia descobrir, Colombo decidiu mostrar a solução: bateu o ovo contra a mesa de leve, quebrando um pouco a casca de uma das pontas, de forma que assim ele se achatasse e pudesse ficar de pé.
Não é de hoje que toda a nação debate e critica o excessivo lucro das instituições financeiras. Só em 2011 o lucro dos cinco maiores bancos foi o seguinte: 1º - Itaú com R$14,6 bi, 2º. – Banco do Brasil com R$12,1 bi, 3º. – Bradesco com R$11bi, 4º. – Santander com R$7,8 bi e em 5º. Lugar Caixa com R$5,2 bi. (1)
Nada mais justo que estas instituições, dentre as quais as oficiais, diminuam este lucro exorbitante que vem sendo auferido ha anos.
A população brasileira já sofre muito no seu dia a dia, devido à herança de governos anteriores, com deficiência em transporte, segurança, saúde, habitação e educação. Além disso, paga ou pagava juros estratosféricos quando precisava comprar algum produto a prazo ou tomar dinheiro emprestado para despesas correntes. Sem contar o sofrimento em enfrentar longas filas para tudo que vai fazer, além dos custos elevados com cartórios, autenticações, reconhecimento de firma etc.
Agora tem um motivo para comemorar, um governante realmente se colocou ao seu lado para defender seus interesses, de corpo e alma, sem medo das conseqüências e das reações dos poderosos que controlam este país. Parabéns Presidente Dilma, a Senhora não entrará na história do Brasil apenas por ser a primeira mulher a ser a mandatária da nação, entrará sim por promover a maior redução de taxas de juros ao consumidor da história brasileira.
Viva Dilma!
(*) Economista – MBA – University of Saint Thomas - USA

1. http://www.feebpr.org.br/lucroban.htm

2 comentários:

Carlos Prates disse...

Grande Badaró! Na época do Lula os bancos mandavam no país! Porque será? Precisávamos de uma "Presidenta" MACHA para por ordem nessa roubalheira e agiotagem oficial!!! E além do mais, ela está preparando sua reeleição,né??

Unknown disse...

Gosto da forma como você coloca as coisas. Acho que nós mulheres, quando preparadas, podemos ser mais objetivas que os homens.